Tradução e Comentários de
H. J. SOUZA
Traduzindo e comentando a obra do
famoso escritor ocultista René Guénon, intitulada Le roi du monde, bem longe estamos de fazer uma
crítica idêntica àquela por ele empregada na sua obra Le Theosophism, quando, ridicularisando
o messianismo e o catolicismo,
liberal de Besant e Leadbeater,
inclui o nome de Helena Petrovna Blavatsky
(princesa russa da família Fadeef), completamente
estranha a essas intromissões indébitas no verdadeiro e independente espírito
teosófico, o que se prova com o fato de ter a mesma adotado para a sociedade
que fundou
Teosofia,
palavra grega que quer dizer “Sabedoria Divina”, com maior propriedade,
“Sabedoria dos deuses, dos super-homens, Mahatmans,
Gênios ou Jinas”, também é chamada no Oriente, “Sanatána-Dharma,
Gupta-Vîdya, Brahma-Vîdya,
etc. com os vários significados de Iluminação, Sabedoria, Conhecimento
Perfeito, etc. em resumo: Sabedoria Iniciática
das Idades, pregada por
todos os Iluminados sejam, Rama, Moisés, Krishna, Budha, Jesus (melhor
dito “Jeoshua Bem Pandira”,
“o filho do homem” em língua aramaica), Platão, Pitágoras, Amónio Sacas,
Confúcio, Lao-Tsé, etc. gradualmente desvelada, de
acordo com a evolução das diversas épocas do aparecimento dos referidos Seres
no mundo.
Como
se sabe, a Maçonaria escocesa conferiu seu mais alto grau a Helena Blavatsky, “por haver encontrado
excepcionais valores esotéricos (inclusive maçônicos) em sua obra Isis sem Veu
(Isis Unweilled); grau este, que se não confere a
qualquer homem ilustre, quanto mais a uma mulher, por não poder ser filiada
àquela Instituição.
O
fato de René Guénon desconhecer os inconfundíveis
valores intelectuais de Helena Blavatsky, é por ter sido ele discípulo de um grande rabino, que o
encaminhou de preferência para a Cábala, esquecido
que entre ele e a Teosofia não pode haver divergência. E assim, descarregou
sobre a mesma todo o peso das suas iniciáticas
predileções, através de
uma crítica mordaz, chamando-a de “impostora”, etc., por ter se deixado levar,
como alguns outros, pela conhecida traição do casal Coulomb, vendido, como se
sabe, à Sociedade de Buscas Psíquicas de
Londres.
Os
“Judas traidores” de todos os tempos! Pois se até mesmo Jesus, com treze apóstolos
apenas, encontrou um que o traísse, que dizer da referida Instituição por ela
fundada e dirigida, com algumas centenas de sócios na suas
fileiras? O mesmo nos acontece; o mesmo acontecerá sempre a
quantas Instituições dessa natureza se apresentem no mundo.
De
fato, René Guénon não soube interpretar as justas
razões apresentadas por Blavatsky, contra uma grande
maioria de judeus fanáticos, e não, contra a raça propriamente dita, como por
exemplo, a tão mal interpretada “proibição carne de porco”, que é ciência e não religião, pois, conhecidos são os
desastrosos efeitos do abuso de semelhante carne, inclusive provocando a triquinose, etc.; do mesmo modo que, a “circuncisão”,
como ligeira cirurgia aplicada à fimose, anomalia esta que não sendo comum
a todos os indivíduos, não há necessidade de semelhante ritual para com todas as crianças do sexo masculino, na referida raça, pouco
importa a divergência dos métodos.
Moisés
era um Manu e, portanto sabia muito bem como guiar e defender
seu povo.
Perdoe-nos,
pois, o ilustre escritor francês esta nossa teosófica, eclética ou sincretista
crítica em defesa de Helena Petrovna Blavatsky, dando preferência às homenagens que lhe
prestamos como autor de Le roi du
monde, Autorité spirituelle
er Pouvoir temporel, L’erreur Spirit, Ésoterism de Dante, L’Homme et son devenir selon
No
firmamento estelar do mundo ocultista, René Guénon,
ao lado do Rev. Pe. Huc,
autor das maravilhosas Dans le
Thibet, Dans
O
quaternário é o número da força. É o ternário completado pela
Unidade. É a Unidade rebelde reconciliada com a Trindade Soberana.
Vemos
aí a pedra angular, a pedra cúbica, a pedra filosofal, porque todos este nomes simbólicos significam a mesma coisa, ou
seja, a pedra fundamental do Templo cabalístico.
Obreiros!
Construtores! Maçons! Rosacruzes! Glória ao Sup. Arc.
ao mesmo tempo Uno e Trino, cujo régio lugar onde se assenta, é a pedra cúbica
também, como verdadeira “quadratura do círculo” em movimento no Mundo Divino.
________
Infelizmente,
porém, temos que volver à pseudo-realidade do mundo
terreno. E então, somos obrigado a entrar em luta com
aqueles que, ao invés de trabalharem a favor do Humano Edifício, ao contrário,
procuram destruí-lo. E com ele, os nossos ingentes esforços.
Sofrem,
por sua vez, o choque de retorno da sua reconhecida maldade. E um por um vão
caindo desfalecidos, inutilizados, no “campo de Kurukshetra”,
que é o da vida, tal como acontece em todas as épocas entre solares e lunares,
na razão do passado tenebroso da Mônada, repercutindo
no seu evolucional presente, para ser alcançado o futuro.
São
os mesmo, por exemplo, a que se refere o famoso escritor satírico inglês,
Swift, ao dizer que: “Ao aparecer um gênio é fácil reconhecê-lo, pela simples
razão de que todos os imbecis se unem para lhe darem combate”.
Os
mesmos, também, que afirmam “a Obra em que a STB (SBE) se acha empenhada Ter
sido baseada nos livros a que nos referimos anteriormente”, embora que,
publicados depois de sua fundação, tal plágio ou cópia não fosse possível. Vem
a calhar neste lugar, as palavras do grande Teósofo Franz Hartmann, quando
diz que “a distinção entre o homem e o bruto está no direito que cabe ao
primeiro, de raciocinar”. Assim sendo, tanto no caso vertente
como em outros muitos, o raciocínio falhou, só restando os brutos.
São
nossas as palavras que se seguem: “Eleva-se o homem na vida e se choca com a
família. Se eleva um pouco mais, choca-se com o povo. Se mais ainda, com a
nação. E, finalmente, com o mundo inteiro”.
E
quanto à mesma Blavatsky, a quem defendemos através
desta nossa despretenciosa crítica, ao chocar-se com os “teosofistas da primeira hora” como eram chamados os
daquela época, também teve para com eles estas dolorosas
palavras: “Amontoai pedras, Teósofos. Amontoai-as irmãos e boas irmãs, e
lapidai-me até à morte, por ter eu querido com a palavra dos Mestres, vos fazer
felizes”.
René
Guénon, um destes incomparáveis contrutores do Edifício Humano, a que nos
referimos, não podia deixar de ignorar as lutas e os sacrifícios que teve de
sustentar a mulher que ele criticou de modo tão severo quanto injusto. Não leu,
também, a inconfundível obra do genial polígrafo espanhol Roso de Luna,
intitulada “Helena Petrovna Blavatsky
ou uma mártir do século XIX” sem o que, discípulo de um grande Mestre teria
agido de modo mais humano, mais condizente com a própria jerarquia.
Melhor
do que ninguém, para saber que a Mão da Justiça Divina – que tanto vale pela do
Karma dos indús e do Destino dos Ocidentais – cedo ou
tarde se manifesta contra os deturpadores da Verdade, os inimigos da Lei, os
“atirados fora do Grande Canal da Fraternidade Branca”.
* Repete-se esta Introdução, no presente número, não só a pedido de algumas pessoas interessadas na sua leitura, como também, para que o começo de tão valiosa obra acompanhe o da Seção especial dedicada a S. Lourenço, pois que, em verdade e esotericamente, ambas se completam.